Qualidade de vida do trabalhador rural. Está aí uma grande desafio para a gestão de recursos humanos, já que esse tipo de profissional está constantemente exposto a vários riscos ambientais e a acidentes de trabalho.
Devido à falta de fiscalização, por muito tempo viu-se como “normal” a exposição severa desses profissionais ao sol e a agrotóxicos, além do esforço físico extenuante. Hoje a área é regida pela NR 31, estabelecida pelo Ministério do Trabalho, e determina normas de segurança e saúde para o trabalhador do campo.
Nossa proposta aqui é explicar por que a qualidade de vida do trabalhador rural é tão importante. Abordaremos o seu impacto na produtividade, além das boas práticas que podem favorecer a vida desse funcionário. Continue a leitura!
Os impactos na produtividade
O desgaste do corpo dos trabalhadores rurais é muito grande. Estão constantemente expostos ao frio ou ao calor, à radiação solar, além de fazerem esforços que, muitas vezes, são desgastantes ao corpo.
Tudo isso cria um desgaste cumulativo que, a médio e longo prazo, podem afetar enormemente a saúde mental e física desses profissionais, reduzindo a produtividade.
Adotar boas práticas de segurança e saúde é fundamental para que a produtividade de cada profissional não sofra quedas e se mantenha.
As boas práticas para a qualidade de vida do trabalhador rural melhoram a retenção dos bons profissionais, o clima na propriedade, bem como evita afastamento por problemas de saúde.
O uso de EPIs
É fundamental que os trabalhadores rurais façam uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs):
- Chapéu, touca árabe: para proteção contra o excesso de radiação solar;
- Botas impermeáveis de cano longo: protegem os pés da umidade e de animais peçonhentos;
- Luvas para as mãos;
- Respiradores e máscaras: para proteger o sistema respiratório de atividades como pulverizações;
- Protetor auditivo: nos casos de uso de equipamentos ruidosos, como motosserras e tratores
- Roupas: é recomendável o uso de roupas de mangas longas e de cores claras, e calças de tecido resistente para proteção contra radiação e contato com folhas, espinhos e outras adversidades.
Além disso, apesar de o protetor solar não ser considerado EPI, ele também deve ser ofertado ao trabalhador, já que tem impacto direto na sua proteção e saúde.
Além de pensar na saúde do trabalhador, é preciso lembrar que o proprietário é obrigado a fornecer os equipamentos ou estará sujeito a multa e processo trabalhista.
A prevenção de intoxicações
Como já adiantamos ao falar dos EPIs, é preciso cuidado com a manipulação de agrotóxicos. Aplicadores só devem ministrar agrotóxicos com o uso dos EPIs, estando sujeitos, inclusive, a demissão por justa causa, caso os equipamentos estejam disponíveis e os funcionários se recusarem a fazê-lo.
Também é importante que os aplicadores sejam treinados para a manipulação correta dos produtor químicos. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) oferece treinamentos gratuitos e é uma ótima opção.
O descanso e os limites de trabalho
Além de tudo que levantamos até aqui, é fundamental respeitar os limites do corpo do trabalhador. Peça-o que descanse ao chegar em casa. E, no caso do proprietário, deve-se respeitar as jornadas de 8 horas e as folgas dos sábados e domingos.
Embora sempre haja trabalhos a serem feitos nos fins de semana, como o cuidado dos animais, eles devem ser de responsabilidade dos plantonistas.
Corpos extenuados são base para a proliferação de doenças, para o estresse e para a queda de produtividade.
Com o respeito do uso dos EPIs e o manuseio adequado de agrotóxicos nas propriedades, a garantia de saúde do trabalhador e de maior produtividade nos sítios ou fazendas aumenta.
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